No mês das mulheres o que não vai faltar é gente dizendo o quanto elas são fortes, destemidas e poderosas. Mas, como você descreveria essa mulher?  Ela tem deficiência? Se sim, essa forma de pensar é um grande avanço, porque quando a gente fala da conquista das mulheres em todos os espaços, são em todos os espaços mesmo! Inclusive no esporte adaptado.  

Segundo o Comitê Paraolímpico Brasileiro, nas Olimpíadas de Tóquio, 40% da delegação brasileira era composta por mulheres. Isso é um avanço e tanto, mas sabe o que é mais legal? Barueri apoia fortemente a participação feminina no esporte paraolímpico e conta com time de vôlei sentado de meninas que arrasam na quadra e na vida.  

Brilhando de novo 

Quem vê o sorriso e o alto astral de Gilmara Aparecida Soares de Oliveira, 32 anos, nem imagina o que ela passou no dia 8 de março de 2008. A ponteira do time de voleibol sentado da SDPD, sofreu um acidente de moto que resultou na amputação da sua perna direita.  

“No dia da mulher, completou 14 anos que nasci de novo”, conta Gilmara que além de atleta é modelo e se orgulha da sua prótese cor de rosa. Até criou um canal no Youtube para compartilhar sua história e ajudar outros amputados a encararem essa nova fase da vida.  

Em um dos seus vídeos ela se intitula como “a mulher da perna rosa”, onde mostra orgulhosa a sua prótese da cor rosa e brilhante. Uma forma, segundo ela, de motivar outras mulheres amputadas a enxergarem a deficiência com outro olhar. 

“Eu amo poder fazer parte disso, de mostrar a outras mulheres que é possível ser atleta e ainda trabalhar com o que você quiser, que nada é capaz de nos parar”, comenta. 

Uma nova chance 

Priscila Silva de Oliveira Ferreira, 42 anos, que tem uma deficiência na perna esquerda que limita sua locomoção viu no vôlei a chance de explorar seu potencial esportivo, até então, algo totalmente novo. 

“O vôlei me fez sentir útil, saber que mesmo com uma lesão medular eu consigo fazer alguma coisa bacana”, contou a pedagoga enquanto ressalta o valor das mulheres no esporte. 

“Acho as mulheres do esporte guerreiras. Mesmo com tantos afazeres, buscamos sempre forças para superar os desafios. Esse apoio na área do esporte com quem já perdeu a esperança de praticar algo, despertar e se renovar é maravilhoso! ”, declara. 

Mundo novo, vida nova 

“Mulher é guerreira, com deficiência ou sem deficiência, ela é sempre forte. As mulheres estão crescendo cada vez mais em todas as áreas”. Essa é a declaração de Regiane de Souza Vilela, 46 anos, que teve graves sequelas após contrair Covid-19 em junho do ano passado e precisou amputar a perna esquerda. Desde então, viu um novo sentido na vida ao ingressar no grupo de iniciação de vôlei sentado de Barueri.  

 

Regiane relata nunca ter imaginado praticar um esporte, e isso mudou, agora deseja que este despertar prevaleça em mais mulheres. 

“Achei sensacional praticar vôlei e nunca achei que iria conseguir. Temos que incentivar ainda mais mulheres com deficiência a se envolverem no esporte. Elas precisam conhecer, jogar e tentar. Nada é impossível. Hoje eu sei que posso ir longe”, revela. 

Time que cresce 

Cristiana Ferreira do Nascimento teve sua autoestima resgatada quando recebeu da SDPD uma prótese de perna. A sua história de luta e recomeço terá continuidade, já que a professora da rede municipal ingressará no vôlei sentado. Após receber o convite da SDPD (Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência), ela aguarda a recuperação cirúrgica para começar a treinar e se prepara para esse novo desafio. 

“Estou muito feliz com o convite, vou dar o meu melhor porque eu sei que as meninas do time são ótimas. Apesar de não ter muita experiência, sei que com muito treino vai dar tudo certo”, relata a professora que usa uma prótese de perna disponibilizada pela SDPD e lhe permite a prática de esportes de alto rendimento. 

Fonte: Secom – Prefeitura de Barueri