O Brasil tem hoje a maior taxa de mães adolescentes da América Latina, segundo relatório de 2018 da Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade apontou que na América Latina e no Caribe, a taxa de gravidez no Brasil das mulheres entre 15 e 19 anos é de 68,4 nascimentos contra 65,5 para o restante da região. Nos dias 1 a 8 de fevereiro acontece a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída pela lei 13.798/2019, com objetivo de divulgar informações sobre as medidas preventivas e educativas que contribuem para diminuir a incidência das gestações na adolescência.

Diante dos números e da data oficial, a Secretaria de Saúde, por meio da Coordenadoria de Atenção Básica à Saúde (Cabs), escolheu o assunto como tema das palestras que mensalmente são feitas para esclarecer a população sobre doenças e prevenção. Na última vez foi sobre a hanseníase. Na quinta-feira (dia 24), a iniciativa, promovida pelos profissionais de saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS) Maria Francisca de Melo, aconteceu na Escola Estadual Mario Joaquim Escobar de Andrade.

“Foram feitas palestras em oito salas de aula, atingindo cerca de 200 estudantes”, disse Clelia Carvalho Santos, enfermeira responsável pela UBS. “A palestra seria inicialmente aqui na unidade de saúde, mas como não havia o público-alvo adequado a direção da escola autorizou as palestras com os estudantes. Foi uma ação extramuros que deu muito certo”, disse a profissional de saúde.

Quanto mais informação, melhor!
A palestra não tratou apenas de gravidez precoce na adolescência, mas também das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) – sífilis, hepatites, HIV e HPV – e sobre a vacinação. Além da conversa com os alunos, a equipe da unidade de saúde – as enfermeiras Rosa Maria Lopes dos Santos e Cintia Paes de Camargo – também distribui folhetos informativos sobre as doenças. “A equipe, inclusive, esclareceu dúvidas em particular para quem tivesse com vergonha de perguntar”, completou Clelia.

Para a OMS, a gravidez na adolescência pode resultar em várias complicações para a saúde da mãe, do feto e do recém-nascido, sem contar com a possibilidade de agravamento de problemas socioeconômicos. Conforme o Ministério da Saúde, a estimativa é que a taxa de gestação na adolescência no país é considerada alta, com aproximadamente 500 mil casos por ano.

Fonte: Secom – Prefeitura de Barueri