O Cetas Barueri (Centro de Triagem de Animais Silvestres) realiza nesta quarta-feira (dia 7), a repatriação de 168 jabutis e oito iguanas, vítimas do tráfico de animais silvestres e de posse ilegal, para a cidade de Vitória da Conquista, na Bahia.

No Cetas, estes animais passaram por uma avaliação, em um processo semelhante a uma quarentena, sendo identificados através de microchipagem e permanecendo temporariamente em recintos de reabilitação que os preparam para o seu habitat de origem, neste caso Vitória da Conquista.

O secretário de Recursos Naturais e Meio Ambiente Marco Antônio de Oliveira (Bidu), conta que o Cetas já recebeu cerca de 8 mil animais. “Já veio onça, já veio pinguim. Esses jabutis e iguanas vão ser repatriados para Vitória da Conquista, para o Cetas que tem lá. Eles vão em um caminhão refrigerado com veterinário cuidando e com autorização do Ibama. Eles vão ser repatriados e vão voltar para o seu habitat natural, que é na Bahia.”

“O Cetas Barueri tem a função de receber animais silvestres de toda a região. Já veio onça, já veio pinguim, e esse “monte” de animais que vocês viram aí. Já recebemos até o momento cerca de 8.000 animais e hoje, exclusivamente, nós estamos com cerca de 168 jabutis e 8 iguanas, produto de tráfico animal que a Polícia Militar Ambiental têm nos ajudados aqui e também de doação voluntária da população. Esses bichos, eles vão ser repatriados para Vitória da Conquista para o CETAS que tem lá e, onde vai esses animais dentro de um caminhão refrigerado com um veterinário cuidando desses bichos, contendo autorização do Ibama é claro! Então, eles vão ser repatriados e vão voltar para o seu habitat natural, que é na Bahia, que são os jabutis e também as iguanas.”

A bióloga e gestora do Cetas, Erika Sayuri Kaihara, relatou as consequências do tráfico e da posse ilegal para a saúde do animal. “Os jabutis, por exemplo, alguns não têm a alimentação adequada, as pessoas, às vezes, não sabem que eles são onívoros e que precisam consumir uma certa quantidade de proteína, uma certa quantidade de folhas, precisam tomar sol e se movimentar como qualquer outro animal. Então esses animais sofrem muito porque eles não apresentam deformidades instantâneas, eles vão apresentando essas deformidades com o passar dos anos.”

Ela também explicou a necessidade da repatriação, que não permite que o animal seja solto no município. “O retorno é necessário. A gente não consegue fazer a soltura deles na região porque acabaria prejudicando todo o ecossistema. Eles precisam voltar para as áreas de origem, necessariamente, tanto que tem toda uma legislação e todo um órgão fiscalizador que faz com que esses animais só sejam liberados no local de ocorrência”, informou.

 

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