Aliado ao 31 de maio (Dia Mundial Sem Tabaco), o 29 de agosto (Dia Nacional de Combate ao Fumo) é um dia para que haja conscientização dos malefícios acarretados tanto para os fumantes quanto para as pessoas próximas (os chamados fumantes passivos). No Brasil, morrem cerca de 160 mil pessoas todos os anos por doenças causadas pelo cigarro. Em celebração à data, a Coordenadoria de Atenção Básica à Saúde (Cabs) de Barueri vai retomar os grupos antitabagistas que já ajudaram tantas pessoas a abandonarem esse vício. 

Os grupos de combate ao fumo em geral suspenderam as suas atividades em razão da pandemia de Covid 19, mas todas as 18 UBSs de Barueri estão aceitando inscrições de pessoas que queiram parar de fumar. Basta que os munícipes procurem as salas de acolhimento das unidades e preencham a ficha de inscrição. Os interessados serão chamados em breve. 

Parar de fumar sozinho exige uma força de vontade muito grande. A maioria dos fumantes encontra ajuda nos grupos antitabagistas das UBSs (Unidades Básicas de Saúde). As equipes são formadas por diversos profissionais da Saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, técnicos de enfermagem etc…). 

O começo  

Quase todos os fumantes estreiam no vício na adolescência influenciados por amigos e quando percebem o mal que lhes acarreta, já se passaram dezenas de anos. “Não é o tempo que vai fazer que a pessoa se dê conta do mal e sim a quantidade de maços/dia que ela consome”, esclarece Henrique Martins Faria, médico da UBS Parque dos Camargos. 

As milhares de substâncias nocivas do cigarro são responsáveis por cerca de 50 doenças. “As principais são as respiratórias, circulatórias e os cânceres (de boca, pulmão, faringe, traqueia e até da bexiga”, complementa Faria.  

O cigarro também é responsável por infartos, AVCs (acidentes vasculares cerebrais) e DPOCs (doenças pulmonares obstrutivas crônicas). Todos sabem que o hábito é nocivo, mas têm dificuldades em abandoná-lo. 

A razão é a nicotina, droga altamente viciante que o fumante absorve em seu organismo e em poucos minutos já a deseja novamente. Nenhuma outra substância é capaz de acarretar tal dependência. 

Ex-fumantes 

Emilene dos Santos Melo e Silvana de Jesus, fumantes por décadas, frequentaram os encontros de antitabagismo da UBS Armando Gonçalves de Freitas, no Parque Imperial, e abandonaram o cigarro há três anos. 

“Meu olfato e meu paladar estão ótimos agora. Recuperei meu fôlego e consigo ficar muito mais tempo na piscina”, comemora Emilene ao lado do marido e do neto. “Não foi fácil, mas consegui”, afirma Silvana. “Minha disposição melhorou 100%. Começo o dia às 6h da manhã com uma boa caminhada. Vou pra minha mercearia e só paro às 10 da noite”, arremata.   

Mais apoio 

O enfermeiro Luís Francisqueti, da UBS Adauto Ribeiro, aproveita a oportunidade para dar dicas a quem pretende parar de fumar. Confira: 

– Siga rigorosamente as recomendações do seu médico; 

– Pratique atividades físicas; 

– Aumente e ingestão hídrica; 

– Resista à fissura (vontade de voltar a fumar). Ela dura poucos minutos; 

– Busque apoio psicológico; 

– Busque trabalhos em grupo para dividir as dificuldades e incentivar a mudança de estilo de vida; 

– Não encare uma eventual recaída como um fracasso;  

– Mantenha o foco na sua decisão.

Fonte: Secom – Prefeitura de Barueri