Poucas seleções de vôlei possuem uma rede tão forte quanto a brasileira. Ao lado de Thaísa, bicampeã Olímpica, e Carolana, tida por muitos como a melhor bloqueadora do planeta, Diana disputa seus primeiros Jogos Olímpicos disposta a mostrar que pode sucedê-las.

A central de 25 anos é uma carta na manga de José Roberto Guimarães nestes Jogos Olímpicos. Thaísa está em excelente forma técnica, mas tem lidado com lesões. Já Carolana também precisa descansar em certos momentos. Diana está pronta para ser utilizada nestes cenários.

Será uma experiência inesquecível para quem é fã número 1 de Thaísa. “Todos os fundamentos dela são bem feitos e eu me inspiro nela por conta de tudo”, disse Diana à CBV.

De Barueri para os Jogos Olímpicos

Com 1,94m de altura, Diana é de uma cidade muito importante para o treinador do Brasil: Barueri. Foi lá que ela começou no esporte, antes de passagens pelo Bradesco e pelo São Caetano. No entanto, seu coração voltou ao lar, e a central atua em sua cidade natal desde 2019.

“Barueri é minha casa e onde descobri o amor pelo voleibol”, disse Diana ao WebVôlei em 2021. “Jogar nesse time que tenho tanto carinho é gratificante. Creio que tudo tem seu tempo e fiz a escolha certa em permanecer em Barueri.”

O clube de Barueri é um projeto pessoal de Zé Roberto, com foco em desenvolvimento e transformação social, desde as categorias juvenis. Diana é um exemplo para os jovens que querem chegar aos Jogos Olímpicos e serem orientados por uma das lendas do esporte.

Cirurgia adiou consolidação na seleção

Em 2022, Diana precisou tomar uma decisão duríssima. A central deixou de participar do Mundial de vôlei para passar por uma cirurgia ortognática, atrasando sua rodagem na seleção.

“Eu mexi na mandíbula, no maxilar. Porque a minha mandíbula era um pouquinho mais para trás do que o normal. E minha maxila muito grande, que eu tinha muito sorriso gengival e também eu respirava muito mal. Depois que eu fiz a cirurgia eu já vi muita diferença na minha respiração, principalmente pra dormir. Então, eu acho que foi a melhor coisa que eu fiz”, explicou Diana ao GE em 2022.

Zé Roberto havia tentado evitar a ausência de Diana naquele momento, mas depois percebeu que a central havia tomado a melhor decisão.

“O mais importante que eu vejo é que ela está feliz, que ela está radiante, autoconfiante. Eu acho que para ela, no futuro, fez muito bem. Acho que ela acertou na escolha, e eu espero que ela tenha um futuro brilhante. Porque é uma menina excepcional, uma cabeça excepcional, uma menina que tem atitudes, tem uma postura muito bacana, se preocupa com o time e quer melhorar muito. Então, eu acho que é bom que ela seja brasileira, que a gente vai poder contar com ela no futuro da seleção nacional. Eu desejo o melhor pra ela, porque ela merece”, afirmou Zé ao GE em 2022.

Disputa com Kudiess terminou no início da VNL

Diana chegou a travar uma breve batalha com Julia Kudiess pela terceira posição de central no time Olímpico. Em uma cena triste, a jogadora de 21 anos lesionou o joelho na primeira semana da VNL (Liga das Nações) e viu Paris escapar de suas mãos.

Com o apoio de Zé Roberto e absorvendo a experiência de Thaísa e Carolana, Diana terá tranquilidade para tentar realizar seu maior sonho: “Ser campeã Olímpica.”

Fonte: Sheila Vieira (olympics)
Crédito das fotos: olympics