Inaugurado há um mês,  o Hospital Veterinário Público de Osasco – Unidade Manchinha virou referência até para moradores de cidades vizinhas e, no período, já atendeu 600 animais, dos quais 200 retornaram para um segundo atendimento. Cerca de 15% do total de atendimentos foi direcionado a animais de outros municípios.

O espaço (Avenida Franz Voegeli, 930, Jardim Wilson, zona Sul) é vinculado ao Departamento de Fauna e Bem-Estar Animal da Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), e atende cães e gatos, de segunda a sexta-feira, da 8h às 17h, com distribuição de 30 senhas por dia, a partir das 7h30.

Os casos mais atendidos são dermatológicos, piometra (infecção de útero), miíases em tumores (bicheira) e obstrução de vias urinárias. A maioria dos atendimentos é representada por cães, seguida de gatos. Não são atendidos animais silvestres.

Quando há procura por atendimento além das 30 senhas, os animais excedentes passam por triagem. Se a doença e a condição do paciente forem emergenciais e indicarem risco à vida, o pet é atendido normalmente.

Caso não se enquadre em um caso emergencial, é avaliado e medicado, se necessário. Após a medicação é solicitado ao tutor que retorne no dia seguinte (precisa pegar uma das 30 senhas disponibilizadas) para abertura do prontuário.

A unidade é a primeira a oferecer atendimento veterinário no município e foi batizada de “Manchinha”, homenagem ao cão morto em novembro do ano passado após ser agredido por funcionário de empresa terceirizada que prestava serviço a um hipermercado da cidade.

“A iniciativa (da Prefeitura) de criar o espaço é excelente, porque nem todas as famílias têm condições de pagar consulta ou tratamento”, resume a administradora de empresa Ângela Duarte, 61 anos, que diz fazer trabalho voluntário com animais de famílias carentes da Vila Menck (zona Norte da cidade).

“Trouxe o Bolinha, que tem 14 anos, para uma nova consulta. É de uma família que mora perto de casa. Me chamaram para prestar apoio porque o animal estava sem cuidados, com bicheira (já está em tratamento). Muitas pessoas não têm carro e não tratam do animal como deveriam”, completou.

Danilo dos Santos, 27, morador do Jardim Novo Horizonte (zona Sul) também recorreu ao hospital veterinário para uma avaliação de Mailo, um pinscher de 6 anos. “É uma iniciativa ótima porque nem todo mundo, como é o meu caso, tem condições. Só uma consulta está em média 70 reais. Segundo a veterinária, ele está com suspeita de leptospirose (infecção causada pela urina do rato). Já faz quase duas semanas que ele não come direito. Vai ter de fazer exames”.

 

ESTRUTURA

A unidade Manchinha é administrada pela Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa) e conta com uma ampla sala de espera, setor administrativo, centro cirúrgico, dois consultórios, salas para exames de coleta de sangue e imagem, refeitório para os funcionários e dois banheiros.

A equipe é composta por dois clínicos, dois cirurgiões, um anestesista, três enfermeiros, três auxiliares de limpeza e dois recepcionistas. O local oferece serviços de baixa complexidade: clínica médica, cirurgia geral, ultrassonografia e hemograma completo. Uma segunda unidade, com atendimentos mais complexos, deve ser inaugurada ainda no primeiro semestre deste ano.

 

Além do hospital veterinário, os animais da cidade também contam com o PET Parque, uma ampla área verde, inovadora e de lazer, com espaço de convivência para os cães brincarem ao ar livre, sem restrições, e fazerem atividades físicas nos aparelhos. O parque fica ao lado do Hospital Veterinário e funciona das 8h às 20h, de terça a domingo.

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