A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD) promoveu na sexta-feira (dia 17) um encontro de final de ano entre os familiares dos atendidos do Centro Municipal de Equoterapia, situado em Alphaville Empresarial. A intenção foi aproximá-los ainda mais da prática e conhecer de perto o trabalho desenvolvido com os cavalos.

Nas visitas às coxias, com o contato direto com os animais, escovando o pelo ou oferecendo-lhe cenoura, os familiares puderam vivenciar um momento que sempre foi acompanhado de longe.

“Como o trabalho é centrado na reabilitação, os pais ou familiares dos praticantes da equoterapia acabam não tendo esse contato com os cavalos. Hoje eles tiveram a oportunidade de fazer isso”, explica a gestora do Centro Municipal de Equoterapia, Maria Luisa Campaneli.

Família por perto
De acordo com a psicóloga e psicomotricista Michele Aparecida Menegon, a presença da família é essencial para auxiliar na reabilitação da pessoa atendida e entender o processo terapêutico nos bastidores.

“É importante as famílias entenderem, por exemplo, o processo da terapia de solo (quando o cavalo é utilizado para além da montaria), em que as crianças tocam no cavalo e têm esse contato olho no olho com animal. É estimulado o afeto, a socialização e aproximação, principalmente em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)”, explica Michele.

Cavalo como aliado
Para Daiane Dias Bezerra, mãe de David Dias Fernandes, de sete anos, que tem autismo e pratica equoterapia há dois anos, além de ver a grande mudança no seu filho, percebeu o quanto o carinho que David tem pelo cavalo contribui para o seu desenvolvimento.

“Ele era bastante nervoso, não queria ficar quieto. Agora, ele está mais calmo e melhorou muito a interação com os outros. Ele ama vir pra cá, é a terapia que ele mais gosta. Hoje foi ele que me ensinou a tocar no cavalo, sem assustá-lo e como escovar o pelo. Achei muito legal, foi uma sensação muito boa”, conta.

Animal amoroso
Entre os cavalos do plantel da Equoterapia de Barueri está Dragão, da raça Brasileiro de Hipismo. Dragão pertencia a uma cavalaria de policiamento ostensivo, e quando chegou no Centro Municipal de Equoterapia era um animal mais arredio. Depois de um trabalho de adestramento feito com as terapeutas, tornou-se dócil e hoje está reabilitando as pessoas.

Glória
Outro animal que foi reabilitado e agora passa a fazer parte da “equipe” da equoterapia é a égua Glória, que foi encontrada abandonada em agosto deste ano, depois de sofrer maus-tratos e desnutrição.

A nova parceira de equoterapia foi recuperada pelo Cepad II (Centro de Proteção ao Animal Doméstico) onde recebeu tratamento veterinário e passou por um período de isolamento e recuperação gradativa. Muito em breve, Glória receberá o carinho e todo amor das terapeutas e dos atendidos no Centro Municipal de Equoterapia.

Fonte: Secom – Prefeitura de Barueri