Hoje, dia 17 de maio, é celebrado o Dia Internacional da Luta Contra a LGBTQIfobia. Uma data para refletir sobre os direitos dessas comunidades que enfrentam violência e preconceito. Na cidade de Barueri esse público conta com serviços de acolhimento, orientação e apoio psicossocial por meio da Secretaria da Mulher.

De acordo com o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTQIAPN+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, queer, intersexo, assexuais, pansexuais e não-binários), do Governo Federal, com dados de 2022, de janeiro a dezembro do mesmo ano, 273 pessoas dessa comunidade morreram de forma violenta. O Brasil está em primeiro lugar no mundo no ranking, sendo o país que mais mata pessoas LGBTQIAPN+.

Importante lembrar que esse número aborda apenas os casos notificados. Ou seja, a realidade é muito pior.

Barueri acolhe

Em Barueri, a Coordenadoria Rede Mulher, da Secretaria da Mulher, é o setor responsável por oferecer atendimento como porta de entrada às pessoas da comunidade LGBTQIAPN+, que buscam informações, apoio e orientações acerca de seus direitos. Tais como uso do nome social; retificação de Registro Civil; processo Transexualizador; prevenção às ISTs; violações de Direitos; e denunciar crimes de LGBTQIAP+fobia.

Desde 2022 o chamado serviço Diversidade da Rede Mulher já atendeu 47 pessoas que enfrentam questões ligadas à Diversidade Sexual e Gênero. Destas, 34% são adolescentes com idade entre 13 e 17 anos.

“Chama a atenção o número de adolescentes atendidos. Para essas pessoas temos feito a acolhida inicial, sempre na presença dos responsáveis. Nossa preocupação imediata é garantir os vínculos familiares e evitar o rompimento dos laços afetivos”, explica a coordenadora do Rede Mulher, Ana Claúdia Victoriano, sobre o acolhimento, que também é dado aos familiares de pessoas LGBTQIAPN+ que têm dificuldade de aceitação.

“Sabendo que muitas vezes o preconceito, a não aceitação e a violência começam no ambiente doméstico, temos concentrado forças em garantir aos genitores e aos filhos e filhas a possibilidade de manutenção do diálogo e do respeito”, frisou Ana.

Encontros

Com o suporte da equipe técnica multidisciplinar conduzido por psicólogo e assistente social, esse público, além das orientações e encaminhamentos aos serviços em rede, participa de encontros mensais para discutir as questões enfrentadas na sociedade, como “saída do armário”; processo de comunicação com os pais; como lidar com as expectativas da sociedade; LGBTQIfobia internalizada; orgulho da identidade transsexual; relacionamentos afetivos, dentre outros.

Não custa lembrar!

LGBTQIfobia é crime equiparado a injúria racial, enquadrado no artigo 140 do Código Penal, com pena de até cinco anos de prisão.  Para denunciar, a vítima pode fazer um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri (avenida Sebastião Davino dos Reis, 756 – Vila Porto) ou em qualquer Delegacia de crimes raciais, de forma presencial ou on-line, e por telefone no Disque 100.

Fonte: Secom – Prefeitura de Barueri
Crédito das fotos: Divulgação/ Sec. Mulher