Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), o Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) destaca o projeto que une saúde, por meio da alimentação saudável, com sustentabilidade: o reaproveitamento de matéria orgânica para adubo nas áreas verdes do hospital.

A Unidade de Nutrição e Alimentação (UAN) do HMB, que possui o selo Green Kitchen, responsável por atestar, dentre outros tópicos, a qualidade do serviço com base na alimentação natural, ou seja, oferta de frutas, legumes e verduras sem uso de aditivos artificiais como temperos químicos, gera em média 3.000 kg por mês de resíduos orgânicos, como cascas de frutas e legumes e sobras de verduras.

Em geral, esses resíduos são destinados aos aterros sanitários que, por fazerem o processo de degradação sem a presença de oxigênio, aumentam consideravelmente a emissão de gases como metano e dióxido de carbono, considerados potenciais para o aquecimento global. “Todos os dias geramos quilos de resíduos e todo resíduo pode ser reaproveitado. O orgânico, por exemplo, pode virar adubo. E enxergamos a possibilidade de viabilizar essa ação aqui no HMB, devido à alta produção da nossa cozinha. E é importante pensar que com essa pequena atitude podemos contribuir para um meio ambiente mais promissor, porque diminuímos a quantidade de resíduo nos aterros”, explica Henrique Shimada, técnico ambiental do hospital e idealizador do projeto, que incentiva a propagação da atitude em outras unidades de saúde e também em residências.

Com objetivo de reduzir o volume destinado aos aterros e também diminuir as emissões atmosféricas, o setor de Meio Ambiente encontrou na compostagem uma solução acessível, prática e fácil. Para o projeto piloto foi adquirida uma composteira, com capacidade de até 200 litros, que tem compartimentos para materiais sólidos e líquidos. Os resíduos de frutas, legumes e verduras são colocados na composteira com serragem, para evitar o odor proveniente da decomposição, e com minhocas, para acelerar o processo de decomposição e otimizar a produção de húmus. Essa compostagem gera tanto adubo (com consistência sólida que é misturado com a terra) quanto biofertilizante (líquido que é diluído em água e usado para rega), que são utilizados nos arbustos, nas mudas dos jardins e no viveiro de girassóis do HMB.

Vale ressaltar que o hospital reservou um espaço adequado, coberto e arejado para desenvolver o projeto, já que a composteira precisa estar alocada em um ambiente controlado e não pode receber incidência direta de raios solares. Além disso, também foram realizados treinamentos para orientar os colaboradores da cozinha sobre a separação dos alimentos e para a equipe de jardinagem em relação ao manuseio do sistema da composteira.

Fonte: Secom – Prefeitura de Barueri