Eduardo e Akira dão toda atenção à paciente Iza Antônia Rodrigues recém-operada no HMB

            Passos firmes, sorriso no rosto – quem vê Terezinha Aparecida Alcântara Leal, de 51 anos, andando por aí cheia de vida nem imagina que há menos de dois meses ela passou por uma séria cirurgia cardíaca: a de revascularização do miocárdio. Completamente restabelecida, volta ao Hospital Municipal de Barueri (HMB) Dr. Francisco Moran, onde passou pelo procedimento que aguardava há três anos, apenas para consultas de acompanhamento.

            Terezinha foi a segunda pessoa a se beneficiar desse novo serviço oferecido pelo HMB. Desde março deste ano, o Hospital vem realizando esse tipo de cirurgia, diminuindo consideravelmente a espera daqueles que estavam em plena luta pela vida. Até o momento, sete pacientes já passaram por ela e todos estão bem.

            O renomado cirurgião cardiovascular Walter José Gomes encabeça a equipe que vem realizando o procedimento e possibilitou ao HMB a ampliação do atendimento na área cardiológica. Ele explica que a cirurgia de revascularização miocárdica amplia a expectativa de vida dessas pessoas. Ela é feita em pacientes que têm obstrução das artérias coronárias e, portanto, correm risco de sofrer enfarto, além de apresentarem um sintoma típico, que é a angina.

            “A angina é um sintoma que piora a qualidade de vida do paciente e muitas vezes o deixa desabilitado para uma vida normal. A cirurgia é feita exatamente para isso: melhorar a qualidade de vida, eliminando na grande maioria dos casos o sintoma anginoso, restabelecendo o paciente para uma vida normal, e as pontes que são feitas também diminuem o risco de enfartos do miocárdio e, consequentemente, ele vive mais tempo depois da cirurgia”, esclarece o médico.

            Equipe experiente

            E como se não bastasse a complexidade da operação, Walter realiza a cirurgia sem a utilização da máquina de circulação extracorpórea (pulmão e coração artificiais), empregando uma técnica desenvolvida por ele há algumas décadas e que minimiza os riscos de complicação. “Aqui no HMB todos os pacientes são operados sem o uso da circulação extracorpórea e isso provê os resultados que os nossos pacientes estão tendo”, declara. E garante: “a cirurgia que fazemos aqui é exatamente a mesma que fazemos no Hospital Israelita Albert Einstein”.

            Terezinha está aí para provar. “Estou me sentindo muito bem, não sinto nada. Entrei na cirurgia às 8h e saí por volta de meio-dia e já me senti bem melhor logo em seguida”, conta. Encantada com o tratamento recebido, recomenda o HMB: “não tenho do que reclamar, só tenho que agradecer”.

            O mesmo discurso se ouve de Iza Antônia Rodrigues, que passou pela mesma cirurgia no dia 11 de abril. “Eu gostei muito, são pessoas bacanas, me senti a rainha do Hospital”, diz, rindo. “Não tenho nada do que reclamar e foi muito bom, eles fazem parte da minha vida agora. Agradeço muito toda a equipe, agradeço a esse Hospital maravilhoso”, frisou a paciente.

            Além de Walter, a equipe é composta por mais dois cirurgiões cardiovasculares: Eduardo Nascimento Gomes e Akira Reis Cardoso. Instrumentadores, anestesistas, perfusionistas e outros especialistas compõem o grupo de cirurgia, que é bastante amplo. Todos os profissionais do HMB envolvidos nesse serviço passaram por treinamentos em hospitais renomados.