O sarampo, apesar de contar com vacina disponível gratuitamente pela rede pública nacional, tem registrado casos em algumas cidades brasileiras. Jundiaí tem imunização de 96% da população de crianças na faixa etária de 1 ano (5,8 mil), principal público-alvo da dose, segundo dados da Vigilância Epidemiológica (VE), órgão da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS). Para ampliar a cobertura e evitar a disseminação da doença, desde o ano passado, conforme orientação do Ministério da Saúde, a vacina é oferecida para pessoas nascidas a partir de 1960. As doses estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Clínica da Família e Novas UBSs da cidade, conforme o horário de atendimento.

De acordo com a enfermeira da VE, Maria do Carmo Possidente, a vacinação ampliada para a faixa etária entre jovens e adultos é importante para evitar a circulação do vírus. “A vacina do sarampo foi oferecida de formas diferentes. No passado era oferecida isolada. Depois passou para sarampo e rubéola e, agora, com a dose de sarampo-caxumba-rubéola, com a tríplice viral. É importante que as pessoas nascidas a partir de 1960 busquem o atendimento da sua UBS para iniciar a imunização. Quem tiver a carteira de vacinação deve apresentá-la para que o técnico possa verificar se há necessidade de tomar a dose”, explica. Para que a pessoa seja considerada imune ao sarampo é necessário que tenha registro em carteira de vacinação da aplicação de duas doses, com idade acima de um ano e intervalo de um mês entre cada aplicação.

O sarampo é uma doença infectocontagiosa grave causada por um vírus (Morbilivirus), transmitida pelas secreções respiratórias. A doença voltou a circular no Brasil em 2018, a partir dos estados do Amazonas, Roraima, Pará, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal-estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas com duração mínima de três dias, podendo ocorrer lesões dolorosas na boca. Nos casos graves há o acometimento do sistema nervoso central que pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. Os riscos são maiores para os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.

Em Jundiaí, a doença causou cinco notificações suspeitas no ano de 2018, sem confirmação. Neste ano, apenas um caso suspeito foi notificado, com as medidas de bloqueio realizadas.