O prefeito de Osasco, Rogério Lins, participou na Sala Luiz Claudino (anexa ao Paço Municipal), do 1º Fórum de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, e anunciou novas ações do Poder Público voltadas à proteção e garantias de direitos, entre elas a criação da Casa de Passagem da Mulher vítima de violência. O espaço será uma espécie de abrigo provisório, que reunirá uma série de serviços sociais que ajudarão a mulher a resgatar sua vida social longe do agressor.

“Assumo o compromisso de no ano que vem implantar esse serviço na cidade. Além disso, por meio de uma emenda da vereadora Ana Paula Rossi, também compraremos um veículo que  servirá para o atendimento específico da mulher vítima de violência”, disse o chefe do Executivo, que anunciou ainda que em breve Osasco contará com um aplicativo que estará conectado ao Centro de Operações Integradas (COI), que possibilitará ao munícipe denunciar os mais variados tipos de violência. O dispositivo  contará também com o chamado  “botão do pânico”, em que a mulher poderá acioná-lo para pedir ajuda.

O aplicativo contará com um sistema de localização de GPS. Ao ser acionado, esse botão soará um alarme no COI e, imediatamente, a viatura mais próxima (GCM ou PM) será direcionada ao local.

“A responsabilidade de combater essas situações é de todos, porque o que às vezes começa com um xingamento, avança para o primeiro tapa e para coisas mais graves”, alertou o prefeito.

O Fórum abre a semana de ações de conscientização da sociedade em relação à violência contra a mulher e celebra os 13 anos de criação da Lei Maria da Penha no país. As ações ocorrerão em diversos espaços públicos, entre eles as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e escolas.

 “Estaremos conversando também nas comunidades e divulgando as portas de entrada em nossa rede dos serviços de atendimento à mulher. Precisamos dizer que a mulher não está sozinha no enfrentamento à violência doméstica. Tudo na vida é uma questão de diálogo e o homem precisa estar ciente de que a violência contra a mulher dá cadeia”, disse Simone de Carvalho, coordenadora de Políticas para Mulheres, Pessoas com Deficiência, Promoção da Igualdade Racial e Diversidade Sexual, da Prefeitura de Osasco.

 Além dos serviços de saúde e de promoção social direcionados à mulher, Osasco conta também com a patrulha Maria da Penha, realizada pela Guarda Civil Municipal. A região conta também com a Casa Abrigo, instituída pelo Consórcio Intermunicipal da Região Oeste da Grande São Paulo, que reúne, entre outras cidades, Osasco, Barueri, Carapicuíba, Itapevi e Santana de Parnaíba.

Também participaram do evento, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados de Osasco, Samira Haidar de Lima, as vereadoras Doutora Régia (autora da lei municipal 4.899/2018, de combate à violência contra a mulher), Lúcia da Saúde, Ana Paula Rossi, Alessandra Algarin, presidente da Comissão Estadual da Mulher, o secretário de Segurança e Controle Urbano, José Virgolino de Oliveira, demais secretários municipais e adjuntos.

No final do encontro ocorreu uma palestra com a psicóloga Silvia Rezende, que abordou temas como a violência psicológica e a codependência da família nos casos em que o agressor também é dependente químico, situações que levam à depressão, distúrbios de ansiedade e síndrome do pânico.

Denúncias anônimas de casos de violência contra a mulher podem ser feitas pelo Disque 180. As vítimas de violência também podem procurar as delegacias da mulher.

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