Lula, Temer e Collor foram parar atrás das grades — episódios mostram que, no Brasil, nem mesmo um ex-chefe de Estado está acima da Justiça
Desde a redemocratização, o Brasil já viu três ex-presidentes da República serem presos por envolvimento em esquemas de corrupção e crimes financeiros. Os casos de Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer e Fernando Collor de Mello são marcantes e reforçam um recado claro: a Justiça pode alcançar até os ocupantes do mais alto posto político do país.
Lula, o primeiro ex-presidente a ser preso por crime comum, foi detido em abril de 2018, condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Cumpriu 580 dias de prisão até ser libertado em novembro de 2019.
Michel Temer, por sua vez, foi preso preventivamente duas vezes em 2019, também durante investigações da Lava Jato. Ele foi solto poucos dias depois por decisão judicial, mas o caso gerou forte repercussão.
Mais recentemente, em abril de 2025, Fernando Collor de Mello — primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura — foi preso para iniciar o cumprimento de pena de 8 anos e 10 meses, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Os episódios, apesar de suas controvérsias jurídicas e políticas, evidenciam que no Brasil a aplicação da lei pode sim atingir os poderosos. Um lembrete incômodo — mas necessário — de que a impunidade tem limites, e que os cargos passam, mas as consequências permanecem.
Fonte: Redação