A Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana de Barueri entregou à Guarda Civil Municipal, no bairro Nova Aldeinha, a Base Guardiã Maria da Penha, que passa a ser utilizada especificamente no atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica.
Segundo a secretária da pasta, Regina Mesquita, a instalação da base nasceu devido ao aumento significativo da violência contra a mulher. Desde que o projeto Guardiã Maria da Penha iniciou há dois anos, 180 casos já foram atendidos. Atualmente, 37 casos são acompanhados por este programa da Guarda e, com o novo espaço, muitos outros serviços poderão ser prestados com mais eficácia.
Os agentes da Guardiã Maria da Penha realizam visitas periódicas às vítimas e as acompanham em diversos aspectos, como a verificação do cumprimento de medidas protetivas, orientação dos direitos da mulher e até o encaminhamento dos agressores aos distritos policiais.
Bem localizada e com o efetivo de 12 agentes, a Base Guardiã Maria da Penha presta atendimento 24h. “Assim que a vítima procurar a polícia e prestar queixa, nossa equipe de guardiãs será acionada e imediatamente irá até o local dar todo o suporte à mulher. Se houver crianças, elas também serão amparadas”, afirma a secretária.
A denúncia deve ser feita
A jovem T.R.O denunciou a agressão sofrida e hoje é acompanhada e assistida pelo Guardiã Maria da Penha de Barueri. Há 4 meses, ela foi vítima de violência doméstica e teve o nariz e uma das orelhas arrancadas por mordidas de seu parceiro. O trauma, a dor e o medo de uma nova agressão a fizeram prestar a queixa.
Hoje, recebe acompanhamento psicológico e apoio integral da Guarda Municipal e da Secretaria da Mulher de Barueri, que colabora com o projeto. “Esse trabalho para a vítima é muito importante. Nos sentimos vulneráveis e precisamos de acolhimento. Aqui encontramos todo o suporte que precisamos”, relata a vítima.
Contato
Quem sofre qualquer tipo de violência doméstica deve denunciar. O telefone da Base Guardiã Maria da Penha é 4194-7562.
Números que assustam
De acordo com o Instituto Maria da Penha, a cada 2 segundos, uma mulher é vítima de violência física ou verbal. Já a cada 22 segundos, uma mulher se torna vítima de espancamento. Na maioria dos casos, a violência é praticada pelo parceiro, dentro da própria casa.
Ameaças, insultos e perseguições também são considerados formas de agressão. Seja verbal ou física devem ser interrompidas para que o bem-estar e segurança da mulher sejam preservados.