Uma reunião entre representantes da Fundação Serra do Japi (FSJ), da Diretoria de Meio Ambiente da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano (UGPUMA), da Assessoria de Políticas para Igualdade Racial e de praticantes de religiões de matriz africana de Jundiaí e Região discutiu formas de conciliar as práticas religiosas com a preservação da Serra do Japi. O encontro foi realizado no domingo (27) na sede da FSJ, no bairro Santa Clara.

Segundo a superintendente da Fundação, Vânia Plaza Nunes, o debate foi muito positivo. “Foram apresentados os preceitos das diferentes religiões pelos praticantes, tanto do Candomblé quanto da Umbanda, bem como as questões ligadas à Serra, como o tombamento e a lei que rege o uso do território. A ideia é encontrar pontos em comum entre as religiões e a preservação da área”, disse.

A reunião também contou com a participação de Sílvia Merlo, do Conselho Municipal do Meio Ambiente, e de Rogério Cabrera, do Conselho da Serra do Japi. Os participantes foram divididos em grupos de cerca de 25 pessoas para responder questionamentos propostos. “As respostas servirão de base para a continuidade do trabalho. Outras reuniões serão realizadas a fim de avançar nessa questão”, pontuou Vânia.

Para a assessora municipal de Políticas para a Igualdade Racial, Isabela Galdino, essa aproximação é fundamental na medida que existem muitos pontos em comum entre as religiões de matriz africana e a preservação da Serra. “Vamos analisar agora a viabilidade das propostas apresentadas e continuar com a ação conjunta para que as práticas religiosas e o trabalho de preservação desenvolvido pela FSJ sejam realizados em harmonia”, destacou.

Na ocasião, dez representantes foram escolhidos para compor uma comissão que vai acompanhar e discutir a questão das práticas religiosas e a preservação da Serra do Japi.