Com o apoio dos agentes de saúde da Clínica da Família, os técnicos da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) realizam, nesta segunda-feira (28), ações de busca ativa, eliminação de criadouros dos mosquitos Aedes aegypti e orientação das pessoas, na região do Novo Horizonte e Bom Jardim, onde há registros de suspeitos de dengue. O trabalho em conjunto entre as equipes da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) facilita a orientação dos moradores de todas as regiões da cidade. Somente com o apoio da população, no sentido de eliminar os possíveis criadouros dos mosquitos, a cidade reduzirá a transmissão das arboviroses.

De acordo com a Biomédica da UVZ, Ana Lucia de Castro Silva, as ações são determinadas a partir das informações sobre notificações. “É importante que a população, a partir dos primeiros sintomas da doença, busque o atendimento médico. Desta forma é feita a notificação que desencadeia as ações de buscas específicas e investigações para saber onde houve a contaminação. O trabalho de orientação é feito o ano inteiro, mas neste período, ganha reforço pelas características do clima, que propicia a redução do ciclo biológico do mosquito”, detalha.

Rogério Camargo, subsíndico de um condomínio da região do Novo Horizonte, irá orientar os moradores sobre a importância de cuidar dos espaços e evitar as arboviroses. “Vamos disparar alerta para todos os moradores para que não descartem lixo irregularmente. Desta forma, conseguimos evitar que a doença se espalhe”, detalha. O ambiente interno do residencial estava cuidado. No entanto, do outro lado do alambrado, sacos plásticos e recipientes estão jogados, servindo de criadouro para os mosquitos.

Casos
Ao todo, Jundiaí registra, em 2019, até o dia 24 de janeiro, 60 casos suspeitos, oito casos confirmados (dois autóctones, dois importados e quatro em investigação). No ano de 2018, a contagem chega a 388 casos notificados, 12 confirmados (cinco autóctones, seis importados e um indeterminado).

A dengue tem como sintomas dor de cabeça intensa, manchas vermelhas pelo corpo, febre, coceira leve, dor nos músculos intensa e, em situações raras, inchaço nas articulações, acometimento neurológico e conjuntivite. “É importante que as pessoas busquem atendimento médico logo nos primeiros sintomas para que seja feita a notificação à UVZ e possam ser realizados os exames de diagnóstico. De acordo com dados estaduais, há ocorrência de dengue tipo 2, que não circula no Estado há muito tempo. Isso significa que boa parcela da população não é imune à doença”, detalha.