A reunião “Sala de Situação de Arboviroses”, realizada pela Secretaria de Saúde de Barueri por meio da Vigilância em Saúde, reuniu secretarias e órgãos municipais para discutir formas de atuação conjunta contra a dengue e demais artrópodes.
O verão é o período de maior transmissão de dengue, favorecido pela incidência de chuvas e ambientes quentes e úmidos, bastante favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypt, transmissor dessa e de outras doenças, como zika vírus e chikungunya.
A coordenadora chefe da Vigilância, Rosana Perri Andrade Ambrogini
Alerta
E por falar em preocupante, esse é o quadro diante das estimativas para o próximo ano com relação às doenças causadas por arboviroses, baseados nos números de 2018 e 2019. Para se ter uma ideia, em 2018 o Estado de São Paulo registrou 28.140 casos de dengue notificados, 3.616 confirmados e quatro óbitos. Este ano, foram 152.540 casos notificados, 60.339 confirmados e 46 óbitos.
Em Barueri, assim como no restante do Brasil, o pior quadro ocorreu em 2015, com 6.006 casos confirmados. Nos anos seguintes houve uma boa queda (56 casos confirmados em 2016; seis casos em 2917, oito casos em 2018), mas em 2019 o número voltou a subir, chegando a 142 confirmações.
Ajuda da população é primordial
O objetivo principal da reunião foi organizar uma ofensiva contra o mosquito, contando com a ajuda de todos os órgãos municipais, tanto em seus ambientes internos quanto no envolvimento da comunidade que cabe a cada um, afinal, a ajuda da população é primordial nessa luta.
“Precisamos conseguir trabalhar em parceria com vocês para a gente chegar mais perto da população, pois 80% dos criadouros está dentro das residências”, ressaltou Rosana. Ela explicou que a principal forma de prevenção contra o Aedes é a eliminação dos criadouros. “A participação da sociedade é o que mais traz êxito no combate às arboviroses”, disse.
A Prefeitura realiza ações de prevenção contra as arboviroses o ano todo, de forma ininterrupta, por meio de limpeza e manutenção de áreas públicas, visitas casa a casa, campanhas de conscientização, fiscalização de terrenos e obras e muitas outras iniciativas.
Antecipando-se à sazonalidade das epidemias, que costumam ocorrer entre março e abril, a Vigilância não apenas está buscando a união de forças para ampliar as ações e incentivar maior participação da sociedade, mas também na organização do plano de contingência dos locais que prestam assistência às pessoas contaminadas.