POR: Lucas Araújo – Engenheiro de Qualidade de Software

A transformação digital em curso no Brasil e no mundo tem colocado a Engenharia de Qualidade de Software no centro das discussões sobre segurança, confiabilidade e continuidade operacional. Em setores como indústria automotiva, serviços financeiros, varejo digital e operações bancárias, cresce a percepção de que o futuro tecnológico depende diretamente de sistemas capazes de operar com precisão e resiliência.

Com mais de uma década de experiência atuando em grandes grupos como Stellantis, ASA Investimentos do Grupo Safra e Banco BV, o engenheiro de qualidade Lucas Araújo afirma que o papel da área passou por mudanças profundas. “Hoje, qualidade não é apenas a etapa final do processo. Ela está presente desde a concepção do produto, influenciando arquiteturas, prevenindo falhas e assegurando que cada componente tecnológico funcione como esperado”, destaca.

A ampliação do uso de automação, validação de APIs, testes de performance e integração contínua coloca o profissional de qualidade como uma figura chave na operação digital contemporânea. “Quando um sistema bancário falha, não é um simples erro técnico — é o impacto direto na vida do cliente, no negócio e na credibilidade institucional”, explica Araújo.

Uma porta de entrada para novos talentos

Além do papel estratégico, a área tem se consolidado como uma das principais portas de entrada para novos profissionais que desejam ingressar no setor de tecnologia. Por exigir raciocínio lógico, pensamento crítico e capacidade analítica, a Qualidade de Software abre caminhos para carreiras em automação, segurança, DevOps, dados e desenvolvimento.

“A área ainda é pouco conhecida pelos jovens, que normalmente associam tecnologia apenas à programação. Mas, na prática, qualidade é o alicerce que sustenta o funcionamento de tudo o que o usuário vê”, afirma o engenheiro.

Crescimento e desafios

O mercado brasileiro vive uma ampliação constante da demanda por profissionais especializados. Com sistemas cada vez mais integrados e complexos, aumenta também a necessidade de garantir testes robustos, padronização técnica e processos confiáveis. Segundo Araújo, o crescimento da área é inevitável. “A tecnologia avança em velocidade acelerada, mas nada disso se sustenta sem qualidade. A engenharia moderna exige confiabilidade. E confiabilidade só existe quando testes, validações e boas práticas são tratadas como prioridade, e não como etapa acessória.”

 

 

Conclusão

Em um cenário de digitalização acelerada, a Engenharia de Qualidade de Software se consolida como um dos pilares mais relevantes da infraestrutura tecnológica contemporânea. Seu impacto vai além das telas — alcança empresas, clientes e toda a cadeia de serviços que dependem de sistemas seguros e funcionais.

Sobre o Autor
Lucas Araújo é Engenheiro de Qualidade de Software com mais de dez anos de experiência na área de tecnologia. Atuou no grupo multinacional Stellantis, prestou serviços de engenharia de qualidade no setor financeiro por meio da ASA Investimentos do Grupo Safra e atualmente contribui com iniciativas de automação e qualidade no Banco BV. Especialista em testes Web e API, automação, integrações complexas e pipelines de CI/CD, acompanha de perto o avanço tecnológico de Barueri e seu impacto na formação de talentos.