Dados da Vigilância Epidemiológica (VE), da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), apontam que Jundiaí, até o mês de maio, registrou 100% das crianças de um ano vacinadas contra o sarampo (população estimada de 2,5 mil pessoas). O dado é superior à meta do Ministério da Saúde, que é de 95%. Apesar do percentual positivo, com a ocorrência da doença em São Paulo – cidade a menos de 60 km de distância -, a VE mantém o monitoramento no município e orienta sobre a necessidade de vacinação para as pessoas nascidas a partir de 1960, com duas doses para quem tem até 29 anos e uma dose para quem tem mais de 30 anos.

O sarampo tem como sintomas iniciais a febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza, congestão nasal e mal-estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca. “É uma doença de transmissão a partir de gotículas expelidas durante a tosse, por isso a contaminação é fácil. Jundiaí conta com oito casos suspeitos na cidade em investigação pela VE, sendo todos com as ações de bloqueio já realizadas, e desencadeadas a partir de análise dos técnicos, conforme a necessidade de cada ocorrência”, explica a enfermeira da VE, Maria do Carmo Possidente.

Geraldo Eudócio da Silva, nascido em 1966, não tinha carteira de vacinação. Foi orientado a tomar uma dose contra o sarampo

“Jundiaí tem uma situação epidemiológica sem casos confirmados, ao contrário de outros municípios, que já possuem registro da doença e tiveram de alterar as orientações vacinais. Em Jundiaí, a indicação é para que as pessoas nascidas a partir de 1960 tenham imunização registrada na carteira de vacinação, sendo duas doses para pessoas até 29 anos e uma dose para quem tem mais de 30 anos”, detalha a enfermeira. Em Jundiaí, as vacinas estão disponíveis gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Novas UBSs e Clínica da Família.

A orientação da enfermeira é para que aqueles que façam parte do grupo e que não tenham recebido a imunização – conforme a preconização do MS – em alguma oportunidade – ou não saibam se já tiveram a imunização e que não possuam a carteira vacinal -, busquem a UBS de referência para a vacinação de rotina levando a carteira de vacinação. As unidades de Atenção Básica ofertam as doses durante o horário de funcionamento de cada equipamento.

A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.

Nascido em 1966, Geraldo Eudócio da Silva, não tinha carteira de vacinação. “Eu não sei se tinha tomado a vacina. Nasci em Pernambuco e estou aqui em Jundiaí há 29 anos. Como existe a orientação da vacina, o pessoal da Clínica da Família me encaminhou para a aplicação. Foi rápido e além da dose do sarampo, tomei também contra o tétano”, comenta o trabalhador.