A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UPGS), por meio do Programa Municipal de IST/AIDS e Hepatites Virais e do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), promove a Campanha Julho Amarelo de Luta contra as Hepatites Virais, entre os dias 23 a 31, com a oferta de testes rápidos para a doença. A iniciativa tem por objetivo a conscientização sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Jundiaí conta com oferta de tratamento gratuito no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) / Ambulatório de Moléstia Infecciosa (AMI), inclusive com alto índice de cura, de 93% para hepatite C crônica.

            A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera as hepatites virais como um dos principais problemas de saúde pública da atualidade e estabelece meta para sua eliminação até 2030. Desde 2011 a estimativa global de mortes por hepatites virais é maior que por tuberculose, malária e HIV. No Brasil a estimativa de pessoas que vivem com hepatite C é de 1,4 milhão a 1,7 milhão, sendo uma importante causa de cirrose e câncer de fígado. No Estado de São Paulo, as notificações de 2007 a 2016, contabilizam 82.084 casos de hepatite C.

            Em Jundiaí, de 2007 a maio de 2018 foram notificados, em residentes no município, 292 casos de hepatite B (177 homens e 115 mulheres) e 676 casos de hepatite C (452 homens e 224 mulheres). Além disso, foram notificados 28 casos de coinfecção por hepatite B e C (17 homens e 11 mulheres). A faixa etária que acumula maior número de notificações é entre 30 a 69 anos.

            No AMI, que atende Jundiaí e região, 111 pacientes com hepatite B crônica fazem seguimento medicamentoso e 260 pacientes de hepatite C crônica realizaram tratamento com as novas medicações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Entre estes, 242 já apresentaram cura confirmada.

            O teste para a doença é realizado durante o ano todo. Neste mês dedicado à conscientização, contudo, é ofertado o exame rápido em todas as UBSs, conforme horários disponibilizados em cada unidade e no CTA (das 7h às 17h).

            Doença

            “As hepatites B e C têm tratamento gratuito pelo SUS, sendo que, o diagnóstico precoce contribui para o acesso ao acompanhamento clínico e tratamento medicamentoso (com possibilidade de cura) e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, bem como reduz os riscos de transmissão involuntária. A melhor forma de prevenir a hepatite B é tomar as três doses da vacina disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. Até o momento, não existe vacina para hepatite C”, explica a psicóloga do CTA, Milena Luchesi de Souza.

            A população-alvo da Campanha é formada por pessoas que passaram por transfusão sanguínea e/ou fizeram procedimentos dentários, cirurgias ou injeções antes de 1993, além de pessoas classificadas com o vulneráveis (que realizaram tatuagens e piercings; parceiros sexuais e domiciliares de pessoas com hepatite B e C; usuários de drogas; pessoas privadas de liberdade; com doença renal crônica ou em diálise e trabalhadores da área de saúde).