Acordo de cessar-fogo, mediado por Trump e assinado com apoio de Egito, Catar e Turquia, prevê fim dos bombardeios e devolução dos corpos das vítimas — Israel afirma que 28 reféns morreram.
Depois de mais de dois anos de horror e incerteza, o grupo terrorista Hamas libertou, na madrugada desta segunda-feira (13), os 20 últimos reféns israelenses que ainda estavam vivos em seu poder na Faixa de Gaza. A libertação encerra uma das etapas mais delicadas do novo acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, anunciado na última quarta-feira (8).
De acordo com o governo israelense, ainda há 28 reféns que permaneceram sob controle do grupo e que são considerados mortos — embora a situação de dois deles ainda não tenha sido oficialmente confirmada.
O Hamas havia sequestrado 251 pessoas no ataque terrorista de 7 de outubro de 2023. Desde então, dezenas de reféns foram libertados em rodadas anteriores de acordos e trocas de prisioneiros.
Como contrapartida pela libertação dos sobreviventes, Israel soltou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua por crimes contra civis israelenses. A transferência foi conduzida pela Cruz Vermelha, que acompanhou o transporte dos detentos para Gaza, Cisjordânia e países terceiros.
O acordo de paz — proposto no fim de setembro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com mediação de Egito, Catar e Turquia — também prevê o fim dos bombardeios israelenses e o recuo gradual das tropas de Tel Aviv dentro do território palestino. Segundo o plano divulgado pela Casa Branca, Israel já reduziu sua presença militar em Gaza de 75% para 53% da área.
Apesar da libertação dos reféns e da trégua temporária, ainda há pontos nebulosos no acordo. Não está definido quem comandará a Faixa de Gaza no pós-guerra, nem se o Hamas aceitará entregar suas armas ou se submeter a uma tutela internacional.
Enquanto isso, equipes da Turquia iniciaram uma força-tarefa para localizar os corpos dos reféns mortos, a pedido do Hamas, que afirmou precisar de mais tempo para concluir as buscas.
Fonte: G1