Relatos emocionados sobre a história das ações sociais desenvolvidas em Osasco, desde sua emancipação político-administrativa em 19 de fevereiro de 1962 (são 56 anos), marcaram a cerimônia de inauguração da Galeria das Primeiras-Damas no Teatro Municipal Glória Giglio, na Vila Campesina, na noite da quinta-feira, 8/3.

Cerca 600 pessoas prestigiaram a cerimônia, entre as quais o prefeito Rogério Lins, a primeira-dama Aline Lins, os ex-prefeitos Francisco Rossi, Silas Bortolosso e autoridades municipais, além das homenageadas e seus familiares.

Receberam espaço na galeria de fotos, situada no hall de entrada do teatro, as ex-primeiras-damas Janette Sanazar, Maria Aparecida Nicoletti, Graziela Piteri, Ivone Liberatti, Ana Maria Rossi, Maria Broseghini, Elizabeth Parro, Glória Giglio, Virgínia Bortolosso, Márcia Abreu, Sandra Lapas e a atual primeira-dama, Aline Lins. As primeiras-damas já falecidas Graziela Piteri e Glória Giglio foram representadas por familiares.

Em breve discurso, Rogério Lins destacou o papel das primeiras-damas desde que Osasco deixou de ser um bairro paulistano. “Ao longo desses 56 anos, cada uma de nossas primeiras-damas contribuiu para o desenvolvimento de Osasco. Muitas vezes elas tiveram papel mais do que assistencialista, porque às vezes a pessoa precisava mesmo era de carinho, aconselhamento, uma palavra amiga”.

Primeira a exercer a função de primeira-dama na cidade, Janette Sanazar contou emocionada como foi atuar nos primeiros anos da década de 1960. “Foi um período muito difícil. Osasco era um bairro abandonado de São Paulo, extremamente carente de tudo. Na época não tínhamos recursos, nem Fundo Social. Tivemos de bater na porta das empresas em busca de donativos. Com os poucos recursos que tínhamos, fomos à zona cerealista (da Capital) e compramos mantimentos. Com os tecidos que uma das empresas doou, juntamos voluntárias e fizemos roupas para famílias carentes. Assim, realizamos o primeiro Natal para as famílias”.

Beth Parro também voltou no tempo para falar do trabalho direcionado às ações sociais, no início dos anos 1980. “Criei o primeiro Fundo Social de Solidariedade das cidades paulistas. Nosso trabalho também não fácil, porque a cidade sempre foi carente de recursos. Acho justa e merecida essa homenagem às ex-primeiras-damas. São guerreiras, cada uma compôs a história do seu período”.

A primeira-dama Aline Lins também se emocionou ao falar de sua responsabilidade à frente do Fundo Social. “Ás vezes deixamos de cuidar de nossa família para ajudar quem mais precisa. Mas é gratificante. É justa a homenagem a essas mulheres, que muito ajudaram seus maridos. Sinto-me honrada em dar continuidade a esse trabalho”.

Em razão do Dia Internacional da Mulher, a data foi duplamente comemorada. Antes e durante a cerimônia, as mulheres osasquenses foram amplamente homenageadas, inclusive com uma apresentação do grupo de dança da Academia Panteras. O jogral da Secretaria de Cultura fez performance para lembrar a história da emancipação da cidade.

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