A redução na temperatura registrada nos últimos dias amplia o ciclo de reprodução dos mosquitos transmissores das arboviroses – Aedes aegypti -, entre elas a dengue. O momento é ideal para a eliminação dos possíveis criadouros – inclusive os que estão secos – já que os ovos permanecem nos objetos por mais de um ano sem o contato com a água. Neste sábado (8), as equipes da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) realizarão atividades de busca ativa, orientação e investigação epidemiológica no bairro Jardim Pacaembu, com o objetivo de conscientizar a população para a eliminação dos recipientes e inservíveis que possam servir de criadouros para os mosquitos.

De acordo com a biomédica da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), Ana Lúcia de Castro Silva, apesar da queda na temperatura, os ovos dos mosquitos já depositados nos objetos permanecem ‘vivos’ por longo período, no aguardo de água para que possam reiniciar o ciclo. “Qualquer objeto que possas acumular água é um possível criadouro. Por isso é necessário que a população elimine dos quintais e de dentro das residências, objetos que possam acumular água. Percebemos que, apesar da orientação dada pelos técnicos e eliminação dos criadouros, em visitas subsequentes, motivadas por novas notificações ou trabalho de investigação epidemiológica no entorno, os proprietários dos imóveis retomaram os criadouros, ou seja, não interrompendo o ciclo de transmissão da doença”, alerta.

A Vigilância Epidemiológica (VE) atualiza semanalmente o Boletim Epidemiológico das arboviroses. Entre o dia 01 de janeiro a 7 de junho foram notificados 5.138 casos suspeitos de dengue, sendo 2.411 confirmados (2.260 autóctones, 145 importados e 6 indeterminados). Outros 430 aguardam resultados. Em relação à semana passada o acréscimo foi inferior a 10%.