As equipes da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) e agentes de saúde da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) tem desenvolvido ações educativas de forma intensiva com a população para a eliminação dos criadouros de mosquitos Aedes aegypti, transmissores da dengue e das demais arboviroses. No entanto, os criadouros continuam a ser encontrados no interior das residências, em materiais inservíveis, de fácil descarte. Somente no sábado (1), das 427 residências visitadas no Jardim Fepasa, em 20 foram coletadas amostras de larvas do mosquito.

“As garrafas, potes, lonas e pneus continuam sendo os grandes vilões nas residências. Esse material, que é de fácil descarte, tem sido rotineiramente encontrado nos quintais das residências. Com as chuvas das últimas horas é preciso que atenção seja redobrada entre a população para a eliminação desses criadouros. Ainda temos características climáticas que permitem a proliferação dos mosquitos, como a temperatura, que ainda permanece elevada em relação a anos anteriores”, comenta a biomédica da UVZ, Ana Lúcia de Castro.

Larvas de mosquitos Aedes aegypti são coletadas em vistorias em residências do Jardim Fepasa

A biomédica explica que basta um criadouro para a ocorrência de casos. De forma comparativa, no Jardim Danúbio, foram visitados 343 imóveis, com apenas uma amostra em balde. “O bairro estava com as casas bem organizadas, porém, um descuido criou um foco. Lá são registrados 5 casos confirmados de dengue”, argumenta. No Jardim Fepasa estão registrados 9 casos de dengue.

O trabalho de orientação contra a dengue e demais arboviroses é realizado durante todo o ano e intensificado a partir do mês de outubro, quando retoma a temporada das chuvas e aumento da temperatura. Além do trabalho casa a casa de educação, identificação e orientação para a eliminação de criadouros, as equipes realizam investigações epidemiológicas, buscas ativas de sintomático, além dos trabalhos permanentes nos imóveis especiais e pontos estratégicos, que são situações específicas de alta rotatividade de pessoas e possibilidade de criadouros.

Jundiaí mantém a atualização semanal do Boletim Epidemiológico para a informação dos casos e locais de incidência. A cidade registra 4.675 notificações, sendo 2.238 casos confirmados. “Além da existência dos criadouros, que é a variável preponderante, as circunstâncias de clima, aumento de chuva e de temperatura, também influenciam na ocorrência de mais ou menos casos de arboviroses. Por isso é fundamental que a população faça a sua parte e elimine os criadouros das residências”, argumenta a diretora de Vigilância em Saúde, Fauzia Abou Abbas.

De acordo com boletim estadual, do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, Campinas registra 14,5 mil notificações de dengue, sendo 11,9 mil autóctones; Bauru tem 27,3 mil notificações com 17,9 mil confirmações da doença contraída na própria cidade. Em Araraquara, das 11,4 mil notificações, 9,9 mil foram confirmadas.