Com o objetivo de requalificar o espaço do Rio Jundiaí em seu trecho urbano, o Concurso de Ideias do Vale do Rio teve as inscrições encerradas no último dia 29 de junho, contabilizando um total de 30 propostas. O concurso foi idealizado pela Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) Jundiaí, e teve âmbito nacional.

A fase de julgamento das propostas irá de 15 de julho a de agosto, com divulgação dos vencedores no dia 5 de agosto. O concurso premiará com R$ 50 mil o escolhido em primeiro lugar, R$ 30 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro.

De acordo com o gestor da UGPUMA, engenheiro Sinésio Scarabello Filho, o concurso de Ideias do Vale do Rio Jundiaí é uma projeção de futuro do que é possível ser realizado, dando oportunidade a arquitetos para desenvolver projetos inovadores e futuristas. “Os rios eram espaços de vida, com navegação e vida para a população. Com o passar do tempo, porém, a comunidade passou a desprezá-los, deixando de incluí-los no ambiente e no desenvolvimento. Agora, a tendência mundial é requalificar esses espaços, para que sejam abraçados pela própria população e garantam qualidade de vida”, argumenta.

Inspirações
O concurso foi inspirado nas ações realizadas em outros lugares do mundo, como o Rio Manzanares, em Madri (Espanha) e a recuperação das margens do Rio Rhône, em Lyon (França), entre outros territórios que iniciaram as discussões e ações para a mudança da paisagem. O lançamento do concurso ocorreu em fevereiro passado, com detalhamento das regras, a problemática e as bases para o desenvolvimento do projeto. As ideias serão analisadas por banca julgadora mista. Jundiaí não realizava concursos desse tipo havia 30 anos; o último foi para o projeto do Paço Municipal.

“É hora de sonharmos com a requalificação do seu vale. O Concurso Nacional de Ideias para o Vale do Rio Jundiaí tem esse propósito, o de lançar esse novo desafio: ver o rio recuperado e limpo percorrendo um vale reurbanizado de acordo com conceitos e critérios que permitam associar tecnologia à natureza, a infraestrutura urbana à paisagem natural, o desenvolvimento à sustentabilidade, a funcionalidade ao lazer”, explica Sinésio.