O auditório do Centro Jundiaiense de Cultura Josefina Rodrigues da Silva (Jorosil), onde funciona a Pinacoteca de Jundiaí, estava lotado na manhã deste sábado (4) com o público que participou do debate que deu início ao Mês do Patrimônio Histórico e Cultural. O evento – o primeiro de uma programação que durante todo o mês de agosto vai tratar sobre a importância do resgate das memórias do planejamento urbano do Município – contou com a mediação do professor Francisco Carbonari e a participação dos especialistas Araken Martinho e Antônio Panizza.

O encontro também marcou o lançamento do projeto “Guardiões do Patrimônio”, pela plataforma de Educação e Cultura. “Vamos entregar às crianças das escolas municipais um passaporte com a apresentação de pontos turísticos e demais espaços preservados de nossa cidade.  Teremos uma visita guiada para explicar um pouco da história de cada local e, cada vez que as crianças passarem por esses pontos, ganharão um carimbo no passaporte”, antecipou o gestor da Unidade de Cultura, Marcelo Peroni, lembrando que outras atividades fixas da pasta – como o Domingo no Parque e o Sexta no Centro – também estarão voltadas para a questão patrimonial. “Teremos exposições, bate-papos, apresentações musicais, tudo para lembrar que esta é mais uma área que está recebendo uma atenção especial por parte da Administração”.

Para o arquiteto Elizeu Marcos Franco, membro do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac), qualquer iniciativa que possa contribuir para o aumento da percepção das pessoas quanto à necessidade da preservação do patrimônio cultural de Jundiaí é válida. “Isso amplia as discussões para os mais diferentes públicos. Gera um sentimento de pertencimento maior nas pessoas que, muitas vezes, nem se dão conta da importância da preservação desta memória”, salientou. William Paixão, diretor do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí, complementou que a ampliação da programação comemorativa – antes restrita ao dia 17 de agosto, quando se comemora o Dia do Patrimônio – tem a intenção de chamar a atenção para a importância do assunto. “A memória da nossa cidade pertence a todos nós”.

Um bom exemplo do que a abertura das discussões sobre patrimônio histórico e cultural pode representar é o despertar do interesse por parte do público jovem. Este foi o caso do estudante universitário Caio Mesquita, que fez questão de participar porque considera importante preservar a memória e a história do Município. “O jovem precisa conhecer melhor o espaço onde vive e ter consciência de que pode contribuir muito para a manutenção das memórias e da história de sua cidade”, destacou.

Programação do mês

A programação do Mês do Patrimônio contará ainda com atrações temáticas em diversos locais e eventos no Município, como o segundo Passeio Ciclístico Rota Turística Centro Histórico e um tour encenado sobre o Teatro Polytheama. Para conferir toda a programação alusiva ao Mês do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí, basta entrar no link: https://cultura.jundiai.sp.gov.br/mes-do-patrimoniohistorico-e-cultural/.