Com a presença de palestrantes de diversos segmentos, o Chá de Alices, encontro promovido pela Secretaria da Mulher de Barueri fazendo alusão ao conto infantil de uma menina, sonhadora e determinada, mobilizou a comunidade a abordar o empreendedorismo feminino, na quarta-feira (dia 6), no Centro de Eventos.
“A autonomia financeira é uns dos caminhos para a independência da mulher. Ela precisa de apoio e é importante que futuras empresárias também tenham essa sensibilidade feminina de fortalecer essa corrente”, disse a secretária Giani Cristina de Souza, que abriu o evento.
A assistente social Luciana Ribeiro, gestora do programa Rede Mulher – que vai ao encontro de comunidades para fortalecer o acesso de mulheres à educação e à saúde e combater a violência doméstica – citou alguns números que indicam a representatividade da mulher no mercado de trabalho. “As mulheres já ocupam 43% dos cargos de gerência das micro e pequenas empresas. Mesmo com essa ascendência, as mulheres são discriminadas no mercado de trabalho e continuam recebendo salários menores”, afirmou.
Entre as convidadas, Célia Maria Silva, 42 anos, contou a sua história de superação profissional. “Fiquei viúva, precisei me virar sozinha e aprendi o trabalho do meu esposo. Comecei trabalhando como auxiliar de limpeza, mas queria ser pintora. Realizei o meu sonho e com esse trabalho sustento os meus cinco filhos”.
A diretora da cooperativa Unindo Forças, Jordânia Silva, compartilhou sua vivência em um trabalho também atípico para mulheres. “Aprendi marcenaria e hoje, com a cooperativa, ensino essa profissão para mais pessoas. Oportunidades como essas são a saída para do desemprego”.
“As mulheres são assim, nos reinventamos e não aceitamos o primeiro não”, disse também Daniele Pires, fundadora da ONG Tenda da Solidariedade. Já a jornalista Regina Ramalho declarou que “tudo o que quero eu conquisto”, ao relatar suas experiências na vida profissional.
A realização do Chá de Alices teve a participação da Fatec de Barueri em que graduandos do curso de Eventos encenaram a obra Alice no País das Maravilhas adaptada para um diálogo sobre empoderamento feminino. Também como atração lúdica, a escritora e poeta Elaine Agustini interpretou uns dos seus poemas que fala sobre a força da mulher diante às adversidades.
